Florianópolis está cada vez mais consolidada como uma das cidades mais inovadoras do Brasil. Dados recentes da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) mostram que o setor tecnológico já representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) da capital catarinense. É a maior proporção entre todas as capitais do país, ficando atrás apenas de Barueri (SP), que possui um índice de 27,2%.
Esse avanço tecnológico não é por acaso. Com 70% da Ilha em área de preservação ambiental permanente, a cidade encontrou na inovação um caminho sustentável para seu desenvolvimento. A impossibilidade de instalar grandes indústrias levou Florianópolis a investir pesado em tecnologia e qualificação profissional — uma aposta que tem dado muito certo.
O crescimento do setor é visível. Em 2010, havia cerca de 600 empresas de tecnologia na cidade. Hoje, são mais de 6 mil negócios ativos, com faturamento anual que já ultrapassa R$ 12 bilhões. A maior parte dessas empresas é formada por micro e pequenos empreendimentos B2B, ou seja, que fornecem serviços e soluções para outras empresas. Grandes corporações também têm voltado seus olhos para esse ecossistema inovador e promissor.
Outro reflexo importante dessa transformação é a retenção de talentos. Diferente de anos atrás, quando jovens formados deixavam a cidade em busca de oportunidades em grandes centros como São Paulo e Porto Alegre, Florianópolis agora consegue oferecer qualidade de vida e oportunidades de carreira, fazendo com que esses profissionais escolham permanecer na região.
Apesar dos números expressivos, o setor ainda enfrenta desafios — e o maior deles é a falta de mão de obra qualificada. Atualmente, existem entre 1.800 e 2.000 vagas em aberto apenas na Capital, e iniciativas públicas estão atuando para suprir essa demanda.
Entre as ações da Prefeitura, destaca-se o Floripa Mais Tec, um programa gratuito que capacita jovens e adultos em tecnologia, com cursos oferecidos em parceria com SENAI/SC, SEBRAE e Acate. O projeto atende pessoas entre 14 e 60 anos e tem como missão democratizar o acesso ao ensino técnico e gerar oportunidades reais de emprego.
Outro programa de destaque é o PII – Programa de Incentivo à Inovação, que viabiliza o apoio financeiro a startups e projetos inovadores por meio da destinação de até 20% do valor de ISS e IPTU de empresas incentivadoras para iniciativas tecnológicas. O modelo é de fundo perdido, ou seja, o recurso não precisa ser devolvido ao poder público. A seleção das propostas é feita por comitês técnicos da Acate e da Prefeitura.
Com investimentos em capacitação, políticas de incentivo e um ambiente que une natureza, inovação e qualidade de vida, Florianópolis se posiciona como referência nacional e global em tecnologia, provando que é possível crescer de forma inteligente, inclusiva e sustentável.
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