O Carnaval de rua tomou conta do Centro de Florianópolis nesta quinta-feira (27) com mais uma edição do tradicional Enterro da Tristeza, que arrastou uma multidão pelas ruas da cidade. Realizado há 61 anos, o bloco garantiu a diversão de moradores e turistas, celebrando a alegria e o espírito carnavalesco em uma das festas mais queridas da capital catarinense.
Desde as primeiras horas do dia, a atmosfera de festa já tomava conta das ruas. Como manda a tradição, os icônicos personagens da viúva e do defunto animaram o público, interpretados há décadas por figuras que se tornaram parte da história do bloco. O cortejo saiu por volta das 20h, levando milhares de foliões pela avenida Hercílio Luz e outras vias do Centro, espalhando música e alegria por onde passava. A cena era um verdadeiro espetáculo de cores, músicas e sorrisos, registrados por centenas de celulares que capturavam cada momento.
Coordenado pelo Bloco SOS, o Enterro da Tristeza exige meses de preparação para garantir que tudo ocorra da melhor forma. O desafio é grande, mas o resultado compensa: a expectativa era de que mais de 50 mil pessoas participassem da festa. O evento, que começou nos anos 1960 de forma modesta com um pequeno grupo batendo lata e um caixão de papelão, se transformou em um dos maiores e mais esperados momentos do Carnaval de Florianópolis.
Ao som das marchinhas e de outros ritmos carnavalescos, foliões de todas as idades celebraram sem distinção. Entre eles, a manezinha Sueli Cardenuto, de 78 anos, moradora dos Ingleses, marcou presença como faz todos os anos. Entusiasmada, elogiou a organização do evento e declarou seu amor pelo Carnaval. “Sempre fui carnavalesca, a única da minha família que gosta de Carnaval”, comentou, sorridente.
Para quem interpreta os personagens principais do bloco, a emoção também é sempre especial. Após meio século vivendo a viúva, Jorge comentou sobre a expectativa de cada edição e reforçou o verdadeiro espírito da festa: “Aqui a gente enterra a tristeza para não pensar mais em nada, só em alegria”. Já Nelson, que encarna o defunto há 19 anos, destacou que a energia do público é o que faz do evento algo tão especial. “O que tem demais aqui é a alegria das pessoas”, afirmou.
O conceito do bloco é simples e poderoso: afastar qualquer tristeza e celebrar a vida. Durante o cortejo, a tristeza é simbolicamente colocada dentro do caixão e “enterrada”, liberando todos para brincar o Carnaval sem preocupações. A festa segue animada até a Quarta-Feira de Cinzas, garantindo dias de pura diversão e encantando foliões de todas as idades.
Mais uma vez, o Enterro da Tristeza cumpriu sua missão de espalhar felicidade e manter viva uma das mais queridas tradições do Carnaval de Florianópolis. Entre confetes, fantasias e muita música, a cidade mostrou que sabe festejar com respeito, amor e alegria.
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!