Na manhã desta sexta-feira, trazemos atualizações sobre a Operação Presságio em Florianópolis, que investiga suspeitas de fraude à licitação e corrupção envolvendo a empresa terceirizada Amazon Fort e secretários da prefeitura.
A Amazon Fort, responsável pela coleta de lixo na cidade, recebeu um total de R$ 29 milhões entre 2021 e 2022, de acordo com dados do Portal da Transparência. O montante pago quase dobrou em um ano, passando de R$ 10,4 milhões em 2021 para R$ 19,4 milhões em 2022.
A Operação Presságio, deflagrada na quinta-feira (18), tem como alvos a empresa terceirizada e secretários da prefeitura, incluindo Ed Pereira, secretário Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, Fábio Braga, secretário Municipal do Meio Ambiente, Samantha dos Santos Brosse (esposa de Ed Pereira e assessora parlamentar) e Gustavo Silveira (assessor da Mesa Diretora da Câmara).
A investigação teve início em janeiro de 2021, após um crime ambiental de poluição próximo à Passarela Nego Quirido. Durante a greve da Comcap em janeiro de 2021, a Amazon Fort foi contratada emergencialmente e sem licitação. A suspeita recai sobre a antecipação da contratação, indicando uma previsão de eventos futuros, o que batizou a operação de “Presságio”.
Mesmo após o fim da greve, a Amazon Fort continuou prestando serviços de coleta sem licitação por cerca de dois anos. A operação também revelou outros arranjos ilícitos, incluindo repasses de valores de uma secretaria municipal para uma instituição não governamental.
Os secretários Fábio Braga e Samantha Brosse não responderam aos pedidos de posicionamento até o momento. Ed Pereira comentou nas redes sociais, sugerindo aspectos políticos na operação. Gustavo Silveira, alvo de busca e apreensão, afirmou estar à disposição da investigação através de sua defesa.
A Operação Presságio continua desvendando os detalhes desse complexo cenário, e novas atualizações serão fornecidas conforme a evolução das investigações.