A descoberta de cocaína e outros contaminantes na Lagoa da Conceição gerou preocupação entre moradores e autoridades de Florianópolis. Diante dos resultados do estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Prefeitura e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) se manifestaram sobre o caso.
A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que já tomou conhecimento da pesquisa e que irá analisar os dados apresentados. Segundo a Secretaria, a partir dessa avaliação, serão adotadas providências dentro de sua competência, com um diálogo entre os órgãos responsáveis pelo saneamento e pela preservação ambiental. A Prefeitura reconhece que os resultados refletem os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente e reforça seu compromisso com a qualidade da água e a proteção do ecossistema local. A gestão municipal também destaca a importância do monitoramento contínuo e da busca por soluções sustentáveis para minimizar esses impactos.

Já a Casan afirmou que o efluente tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Lagoa da Conceição é direcionado para a Lagoa de Evapoinfiltração (LEI) e não é despejado diretamente na Lagoa da Conceição. Segundo a Companhia, os contaminantes encontrados no estudo da UFSC não têm relação com os efluentes tratados por ela.
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A Casan também lembrou que já vem monitorando a qualidade da água da lagoa há quatro anos, desde o acidente ocorrido em janeiro de 2021, quando fortes chuvas causaram o rompimento de parte da encosta de dunas da LEI. Durante esse período, foram analisadas as condições físicas, químicas e microbiológicas da água, além da biota aquática e da toxicidade dos sedimentos. A Companhia destaca que a qualidade da água varia de região para região e que os problemas identificados são resultado, principalmente, do crescimento populacional e do descarte inadequado de esgoto. Além disso, argumenta que, desde o desastre de 2021, a água da lagoa já passou por vários ciclos de renovação, o que indicaria que o acidente não é o responsável por essas alterações.

A contaminação da Lagoa da Conceição segue sendo um problema ambiental relevante para Florianópolis, exigindo ações efetivas para garantir a preservação desse importante patrimônio natural. Com o avanço das pesquisas e o monitoramento contínuo, autoridades e especialistas buscam caminhos para reduzir os impactos ambientais e proteger a biodiversidade da região.
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