O que fazer com o terreno onde hoje funciona a penitenciária de Florianópolis? Essa foi a grande questão debatida por representantes de 45 entidades, empresários e autoridades do governo estadual e municipal, em um encontro promovido pelo Movimento Floripa Sustentável. O espaço, localizado no bairro Agronômica, será desativado até 2025, quando os cerca de 2.200 detentos que ocupam a área serão transferidos para outras unidades.
O local, que tem 174 hectares – o equivalente a 17 campos de futebol – está em uma área estratégica e nobre da cidade. Isso o coloca no centro de uma discussão sobre como melhor utilizá-lo, considerando as necessidades de Florianópolis e das comunidades ao redor.
Possibilidades para o espaço
Entre as ideias apresentadas, estão projetos que integram cultura, educação, lazer e sustentabilidade. O terreno, segundo ambientalistas, também é uma peça-chave para conectar o Parque do Manguezal do Itacorubi e o Estuário Fritz Müller com a cidade. Esses espaços de grande valor ambiental sofrem atualmente com problemas de acessibilidade e pouca integração com os bairros vizinhos.
O conceito de transformar o espaço em uma rota de mobilidade sustentável foi sugerido como forma de interligar áreas importantes da cidade, como a Ponta do Coral, a Beira-Mar Norte e os bairros Agronômica e Itacorubi.
Plano Diretor e parcerias público-privadas
O Plano Diretor de Florianópolis, aprovado em 2023, foi destacado como um instrumento essencial para planejar o futuro do terreno. Por meio das Áreas de Desenvolvimento Incentivado (ADIs), o documento abre possibilidades para parcerias público-privadas que possam agregar qualidade ao espaço e oferecer benefícios para toda a população.
Entre as propostas, a criação de uma “Cidade da Cultura” foi apresentada como uma forma de resgatar o papel do local como referência cultural. O terreno já abrigou a construção do Centro Integrado de Cultura (CIC) nos anos 1980, e a ideia agora é expandir esse conceito com projetos que incluam lazer, educação e inclusão social.
Diálogo com a sociedade
O prefeito de Florianópolis reforçou que o momento atual é crucial para envolver a sociedade na escolha dos melhores projetos. Segundo ele, desativar a penitenciária é apenas o primeiro passo; o desafio agora é decidir como transformar o espaço em algo que beneficie toda a cidade.
Com tantas possibilidades em discussão, o futuro do terreno da penitenciária promete marcar um novo capítulo para Florianópolis, unindo sustentabilidade, cultura e qualidade de vida para os moradores.
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