A inflação em Florianópolis subiu em julho, impulsionada principalmente pelos preços de habitação e transportes. O Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), registrou um aumento de 0,46% nos preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias da capital. Esse índice foi ligeiramente superior ao de 0,39% observado em junho. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada na cidade chegou a 5,23%, e desde janeiro, os preços aumentaram 3,43%.
LEIA TAMBÉM: Florianópolis volta a ter segunda maior inflação do país, aponta estudo
LEIA TAMBÉM: Há 30 anos, Plano Real derrubava hiperinflação e estabilizava economia
LEIA TAMBÉM: Conhecido por reajustar contratos de aluguéis, IGP-M acumula taxa de inflação de 2,45% em 12 meses
Os grupos de preços que mais influenciam o índice, alimentação e transportes, tiveram comportamentos diferentes em julho. Enquanto os alimentos ficaram mais baratos, com uma leve queda de 0,06%, os preços relacionados aos transportes subiram significativamente, com um aumento de 1,37%.
LEIA TAMBÉM: Inflação do aluguel volta a perder força depois de seis meses
LEIA TAMBÉM: Florianópolis fechou 2023 com inflação acima do índice nacional
LEIA TAMBÉM: Investir em imóveis é um bom negócio? Valorização de imóveis residenciais bate inflação com folga e alcança 12,98% em 12 meses
Alimentação
A redução nos preços dos alimentos foi mais evidente nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa, que tiveram uma queda de 0,06%. Já as refeições em restaurantes e lanchonetes mantiveram-se praticamente estáveis, com um aumento de apenas 0,03%.
Os produtos que mais aumentaram de preço foram os panificados, com destaque para o biscoito recheado (3,00%) e o pão doce (2,42%). Açúcares e derivados também subiram, especialmente o chocolate em barra e bombom (4,19%). Houve aumentos nos preços das farinhas, féculas e massas, com a farinha de trigo subindo 4,87%. Carnes e peixes industrializados também registraram alta, principalmente a mortadela (6,00%) e o salame (4,88%). Sal e condimentos, como o alho (2,97%), também ficaram mais caros.
Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais baratos, como os tubérculos, raízes e legumes, que tiveram uma queda significativa de 10,06%, com a batata inglesa caindo 8,68% e o tomate 19,66%. Hortaliças e verduras também ficaram mais baratas, com destaque para a couve-flor (-6,76%), alface (-6,91%) e beterraba (-12,48%). As carnes e os óleos e gorduras também apresentaram quedas de preço. As frutas, no entanto, não sofreram variação.
Habitação e Transportes
Os preços dos produtos e serviços ligados à habitação subiram 0,91% em julho, com aumentos notáveis nos artigos de limpeza (3,11%) e na energia elétrica residencial (3,02%).
Os transportes tiveram um aumento de 1,37%, puxado principalmente pela alta nos combustíveis para automóveis, que subiram 4,19%.
Outros Preços
Além dos transportes, outros grupos que tiveram alta em julho foram os artigos de residência (1,10%) e saúde e cuidados pessoais (0,65%). Em contrapartida, houve queda nos preços de vestuário (-1,01%) e nas despesas pessoais (-0,73%). Os serviços de comunicação mantiveram-se estáveis.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag monitora a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Os dados para o último boletim mensal foram coletados entre 1º e 31 de julho. Esse índice é publicado regularmente desde 1968 e utiliza a mesma metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a inflação nacional.
Mais informações sobre o índice e os boletins mensais podem ser encontrados no site da Udesc Esag.
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!