Uma situação preocupante assola a Serra do Tabuleiro, em Palhoça, com a ocorrência de incêndios em sequência. Após a intensa batalha contra as chamas que consumiram cerca de 200 hectares de mata na manhã desta terça-feira (26), a região enfrentou um segundo episódio de incêndio na tarde do mesmo dia. Ocorrências consecutivas aumentam as apreensões sobre a segurança do local e a possibilidade de ações criminosas.
Os bombeiros, que recentemente controlaram o primeiro incêndio após 21 horas de combate, foram novamente acionados por volta das 19h30 para conter o segundo foco de chamas. Felizmente, a resposta rápida da equipe resultou na contenção do incêndio em apenas 15 minutos. No entanto, a recorrência do fogo destaca a vulnerabilidade da Serra do Tabuleiro e levanta questionamentos sobre as medidas adotadas para prevenir incêndios na região.
O primeiro incêndio, que teve início na manhã de segunda-feira (25), destruiu uma vasta extensão de mata equivalente a 185 campos de futebol. A suspeita de motivações criminosas ganhou força, especialmente considerando o trabalho de preservação realizado pelo Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Marcos Maes, coordenador do Parque e biólogo do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), destaca a proximidade do incêndio com as atividades de preservação do parque como um fator que reforça a suspeita de ação criminosa. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Palhoça e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, está conduzindo uma investigação para apurar as causas do incêndio e identificar possíveis responsáveis.
A comunidade local e as autoridades agora enfrentam o desafio duplo de combater incêndios recorrentes e investigar possíveis atividades criminosas que ameaçam um dos maiores patrimônios naturais de Santa Catarina. A expectativa é que a investigação traga esclarecimentos sobre as causas desses incidentes e contribua para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes na preservação da Serra do Tabuleiro.