Em outubro, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), índice que mede a inflação do aluguel, deu um salto significativo e fechou com alta de 1,52%. Essa variação foi bem maior que a de setembro, que havia sido de 0,62%. As principais causas para essa aceleração estão ligadas ao clima e ao cenário de commodities globais, que juntos puxaram para cima os preços no campo e nos mercados internacionais.
Grande parte desse aumento veio das variações no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve alta de 1,94% neste mês. O IPA reflete diretamente os preços de produtos agropecuários e metálicos que, por suas vezes, foram influenciados pelas secas e pela demanda global. Os grãos, como soja e milho, tiveram um papel importante nessa subida de preços, já que a falta de chuvas reduziu a produção e levou os produtores a diminuir a oferta para o mercado. O clima seco, além de prejudicar as plantações, também afeta o pasto, o que encarece o custo de produção de carne bovina. Para completar, o aumento das exportações de carne bovina para países como China, Estados Unidos e Turquia aumentou a demanda pelo produto brasileiro, pressionando ainda mais os preços.
Outro fator que ajudou a impulsionar o IGP-M foi o aumento no preço do minério de ferro, resultado de um novo estímulo econômico promovido pela China. O governo chinês investiu para estimular a economia, o que gerou um movimento de reabastecimento de estoques de minério de ferro no país, impactando o mercado global.
Além dos preços ao produtor, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o impacto da inflação nos consumidores, também subiu em outubro, marcando 0,42%, comparado a 0,33% no mês anterior. O destaque vai para a energia elétrica residencial, que registrou uma alta de 5,51%, consequência da falta de chuvas que afetou o nível dos reservatórios. Para lidar com essa situação, a bandeira tarifária vermelha foi ativada, elevando a conta de luz das famílias.
Essa alta no IGP-M reflete um contexto de inflação que tem superado expectativas, com as commodities e o clima desfavorável sendo protagonistas na pressão sobre os preços. Ao todo, o IGP-M já acumula alta de 4,20% no ano, alcançando 5,59% no acumulado de 12 meses.
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