Florianópolis registrou a segunda maior inflação acumulada entre as capitais brasileiras, com um índice de 5,51% nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, onde o índice chegou a 6,22%. Esse dado, medido pelo Índice de Custo de Vida (ICV) da Udesc Esag, coloca a capital catarinense acima da média nacional, que foi de 4,76%, e supera até outras metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.
Os setores que mais pesaram no bolso dos moradores de Florianópolis foram os de habitação, alimentação e transportes. No último ano, os preços relacionados à habitação apresentaram a maior alta, com um aumento de 7,98%, fortemente influenciado pelo aumento de 17,31% nas tarifas de energia elétrica residencial. Na alimentação, itens básicos como batata, beterraba e laranja tiveram aumentos significativos, com destaque para a batata inglesa, que subiu expressivos 82,5%. No setor de transportes, a alta nas passagens aéreas em 24,6% contribuiu para o aumento médio de 6,10%.
Outros produtos e serviços também foram afetados, embora com índices menores. O setor de saúde e cuidados pessoais, por exemplo, subiu 4,63%, mesmo com aumentos de 34,4% em analgésicos e antitérmicos. Já educação, despesas pessoais e serviços de comunicação tiveram aumentos abaixo da média da inflação local, enquanto os preços de artigos de vestuário caíram 2,22%, apresentando a única deflação entre os setores avaliados.
O ICV é um indicador importante para entender a realidade econômica de Florianópolis, avaliando regularmente a variação de preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Esse acompanhamento contínuo ajuda a entender como a inflação afeta o custo de vida e a comparar Florianópolis com outras capitais, destacando as dificuldades enfrentadas pelos consumidores locais.
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