Um momento que deveria ser apenas de preparação para a temporada acabou marcado por violência e ameaças. O jogo-treino entre Figueirense e Barra, realizado no sábado (5) no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, terminou com uma denúncia grave: o quarto árbitro da partida, Gustavo Ratti, foi alvo de agressões físicas e verbais, além de ameaças pesadas.
Segundo o relato registrado em Boletim de Ocorrência, tudo aconteceu no intervalo da atividade. Durante esse momento, membros da comissão técnica do Barra Futebol Clube partiram para cima do árbitro com ofensas e ações violentas. Entre as frases ditas ao profissional, estavam ameaças como “sabemos onde você mora” e até menções a integrantes de facção criminosa, com frases como “vamos falar com o pessoal do PCC pra ir atrás de você”.
Além das palavras intimidatórias, Gustavo também levou uma bolada no rosto e foi atingido por esguichos de água. O episódio gerou forte repercussão e causou indignação entre os profissionais da arbitragem em Santa Catarina.
Mesmo sendo um jogo-treino, ou seja, uma atividade que não está sob a jurisdição da Justiça Desportiva, o caso será investigado nas esferas cível e criminal. As autoridades policiais já estão com o boletim de ocorrência em mãos, e o árbitro recebeu apoio do sindicato da categoria.
Até o momento, o clube Barra não se manifestou oficialmente sobre o episódio. A expectativa é de que o caso seja apurado com seriedade, e que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados conforme a lei.
A situação serve de alerta: a violência dentro e fora do campo não pode ser normalizada. Respeitar os profissionais da arbitragem é uma forma de respeitar o esporte como um todo. Nenhuma partida, mesmo que amistosa, pode justificar esse tipo de comportamento.
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