O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em Florianópolis, adotou um método simples que facilita e agiliza o atendimento ao público. Qualquer pessoa que entrar em contato com a unidade, via WhatsApp, recebe uma mensagem automática com opções de um a cinco para solicitar o cancelamento de medida protetiva, avisar do descumprimento ou pedir renovação.
Há opção para link de audiência, outra para assuntos diversos e um link específico para orientações gerais e esclarecimento de dúvidas. Tudo de forma objetiva e sigilosa. Antes, porém, há uma mensagem de boas-vindas e do horário de atendimento, além de um alerta para que, em caso de emergência, a pessoa acione a Polícia Militar pelo 190.
Se a pessoa digita o número correspondente à denúncia de medida protetiva, por exemplo, aparece o seguinte recado na tela: “Por favor, informe seu nome completo, CPF, e o nome completo do acusado. Em breve, daremos continuidade ao seu atendimento.” O método tem diminuído de forma significativa o tempo de resposta.
Além disso, segundo o chefe de cartório da unidade, Bernardo Couto da Silva, as respostas automáticas, em vários casos, já suprem a demanda daqueles que buscam atendimento. Ele explica que a ideia surgiu da necessidade de otimizar o trabalho diante da enorme demanda diária, que só cresce.
Em Santa Catarina, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça, a entrada de processos de violência doméstica dobrou em quatro anos. Só no Juizado da Capital, em 2021, ingressaram 296 novos processos. Em 2022, o Juizado registrou a entrada de 351 ações, um aumento de 18,5%. É um trabalho incessante: ainda no ano passado, a unidade realizou 12.581 atos e 916 audiências.
“A automatização garante um atendimento com mais presteza e eficácia”, afirma Bernardo. Ele explica que pelo Whats, por enquanto, são 15 atendimentos diários. Para a juíza Naiara Brancher, titular do Juizado, a automatização direciona os pedidos ou solicitações de orientação e otimiza o trabalho do servidor, que recebe as demandas conforme as necessidades e propósitos dos contatos.
Os casos de urgência, como no caso das comunicações de descumprimento das medidas protetivas, têm com a adoção da ferramenta uma resposta mais rápida. “Em muitos casos, a agilidade pode salvar vidas”, conclui Naiara.
Outros canais de ajuda:
– Ligue 190 – Polícia Militar de Santa Catarina, para situação de emergência
– Central de Atendimento às Vítimas de Crimes (CEAV): (48) 3287-2635
– Balcão Virtual: https://vc2.tjsc.jus.br/balcao-ceav
– Disque-Denúncia 181 – Polícia Civil de Santa Catarina
– Telefone (48) 98844-0011 – WhatsApp/Telegram da Polícia Civil de Santa Catarina
– Boletim de ocorrência eletrônico
– Aplicativo PMSC Cidadão (disponível em Android ou IOS)
– E-mail cevid@tjsc.jus.br – para informações, reclamações e sugestões.