A greve dos servidores municipais de Florianópolis, que começou no dia 12 de fevereiro, segue sem acordo e agora enfrenta medidas duras da Justiça. Uma nova decisão determinou o bloqueio de R$ 200 mil das contas do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) como forma de forçar o cumprimento da ordem judicial que declarou a paralisação ilegal.
A Justiça também autorizou a Polícia Militar a agir com uso da força caso os grevistas tentem se aproximar de prédios públicos, como a sede da Prefeitura. Além disso, o Ministério Público foi acionado para investigar se o sindicato e os servidores em greve cometeram alguma irregularidade.
O motivo do bloqueio e a atuação da PM
A Justiça entendeu que o sindicato descumpriu a decisão que considerou a greve ilegal e que os grevistas continuaram com as manifestações, desrespeitando a ordem de manter distância de 500 metros dos prédios públicos. Imagens das câmeras de monitoramento da prefeitura comprovaram a presença dos manifestantes próximos a locais restritos.
Por isso, a Justiça determinou o bloqueio imediato de R$ 200 mil de qualquer conta bancária vinculada ao Sintrasem. Ao mesmo tempo, foi autorizado que a Polícia Militar impeça novas aglomerações de servidores grevistas em locais públicos. Caso necessário, a corporação poderá utilizar a força para dispersar o movimento.
A Polícia Militar de Santa Catarina ainda não foi notificada oficialmente da decisão, mas já está em alerta para agir caso os manifestantes voltem a se aproximar dos prédios públicos.
Tentativa de acordo fracassa
Mesmo com a pressão da Justiça, a greve continua sem solução. Na última quarta-feira (19), representantes do Sintrasem e da Prefeitura de Florianópolis se reuniram para tentar um acordo, mas as negociações não avançaram.
O sindicato decretou estado de greve no dia 12 de fevereiro em protesto contra a proposta de reforma da previdência enviada pela prefeitura à Câmara de Vereadores.
Investigação do Ministério Público
Além das ações da Justiça e da PM, o Ministério Público de Santa Catarina foi acionado para investigar se houve alguma infração legal por parte do sindicato e dos grevistas. O órgão poderá abrir uma apuração para avaliar eventuais delitos cometidos durante as manifestações.
A greve segue sem definição, e a disputa entre servidores, prefeitura e Justiça continua acirrada em Florianópolis.
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