Uma pesquisa recente do sistema Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelou que 43,6% da população de Florianópolis declarou ter obesidade, colocando em evidência uma questão de saúde pública que desafia a cidade, famosa por seu estilo de vida ativo. A pesquisa, que abrange as capitais dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, avalia fatores de risco e proteção para doenças crônicas e também investiga temas como o consumo de álcool, tabagismo e atividade física.
Apesar do alto índice de obesidade, Florianópolis está entre as capitais com maior adesão a exercícios físicos, com 47,3% dos entrevistados relatando uma prática regular de atividade física. A cidade ficou atrás apenas de Vitória (ES) e Brasília no ranking de exercícios. O estudo considerou a prática suficiente quando os moradores realizaram pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada, o que indica um estilo de vida fisicamente ativo, contrastando com o índice de obesidade.
Por outro lado, especialistas apontam que a obesidade vai além da prática de exercícios e que o acesso a alimentos de qualidade é uma questão fundamental. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de pessoas acompanhadas por serviços de Atenção Primária à Saúde com diagnóstico de obesidade aumentou de 2,1 milhões, em 2014, para 8,2 milhões em 2022. Carlos Schiavon, presidente da ONG Obesidade Brasil, destaca a importância de discutir não apenas a prática de atividades físicas, mas também a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população, considerando o impacto da alimentação na saúde.
Assim, embora Florianópolis se destaque por ser uma capital ativa, os desafios quanto ao acesso a uma alimentação saudável e à redução dos índices de obesidade persistem, exigindo abordagens mais amplas e políticas públicas que englobem alimentação de qualidade e acessível para todos.
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