O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) iniciou um inquérito civil para investigar os incidentes relacionados ao uso de patinetes em Florianópolis, levando em consideração a “chuva de ocorrências” registradas nos últimos meses desde a implantação do sistema pela empresa Woosh. O inquérito, conduzido pelas 30ª e 31ª promotorias da Capital, foi motivado por preocupações com o mau uso dos patinetes e os possíveis transtornos gerados.
Um dos casos de destaque que impulsionou a investigação foi o acidente envolvendo um fotógrafo de 35 anos que teve sua perna gravemente ferida em um incidente com um patinete.
Os promotores Daniel Paladino e Juliana Padrão Serra de Araújo expressam a preocupação com a possível ausência de fiscalização por parte dos órgãos competentes em relação ao uso desses dispositivos. Além disso, o inquérito questiona o interesse do Poder Executivo na manutenção dessa atividade comercial na cidade.
O secretário Rafael Hahne, chefe da Infraestrutura e Transporte, mencionado no documento, informou que o MPSC solicitou informações sobre o estudo técnico realizado pelo município em relação à presença da empresa na mobilidade urbana. O Ministério Público também pede esclarecimentos sobre as medidas de fiscalização, incluindo questões relacionadas a erros no manuseio e ao cumprimento da idade mínima de 18 anos para o uso.
Em resposta, a prefeitura de Florianópolis esclarece que o edital para a inserção de empresas interessadas, incluindo a Woosh, está aberto até o final do ano. No entanto, apenas a Woosh está inscrita até o momento.
O CEO da Woosh, Francisco Forbes, afirma que a empresa está disposta a responder aos questionamentos do MPSC, caso seja oficialmente notificada. Até o momento, a empresa não recebeu notificação e soube do inquérito através da imprensa. Forbes nega recorrência nos registros de acidentes com os patinetes e destaca o interesse contínuo da empresa em expandir seus serviços, apesar das controvérsias que surgiram, indicando a necessidade de aguardar um pouco antes de avançar.
O desfecho dessa investigação promete trazer mais clareza sobre a regulamentação e fiscalização do uso de patinetes em Florianópolis, destacando a importância de um diálogo efetivo entre o Ministério Público, a prefeitura e as empresas envolvidas.