A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica alternativa que visa explorar os padrões de comportamento em grupos familiares ao longo das gerações. Ela se tornou mais popular durante e após a pandemia, à medida que as pessoas procuram maneiras de lidar com conflitos interiores pessoais e buscar autoconhecimento e desenvolvimento humano.
A metodologia, desenvolvida pelo psicoterapeuta Bert Hellinger, envolve sessões de dramatização que simulam o sistema familiar do indivíduo que busca ajuda. Durante essas sessões, os terapeutas usam bonecos ou pessoas reais para recriar situações que refletem as relações emocionais e psicológicas dentro da família do paciente.
A Constelação Familiar é subjetiva e não é estritamente considerada uma terapia convencional. Ela se baseia em três leis: a do Pertencimento, a da Ordem e a do Equilíbrio. A Lei do Pertencimento destaca a importância de cada membro da família ter seu lugar respeitado, enquanto a Lei da Ordem salienta a necessidade de manter uma ordem dentro da família. A Lei do Equilíbrio enfatiza a igualdade de importância de cada membro da família.
O objetivo da Constelação Familiar é ajudar as pessoas a alcançar a felicidade, permitindo-lhes superar prisões emocionais e psicológicas ligadas ao passado e a repetição de erros de gerações anteriores. A abordagem é frequentemente procurada por aqueles que desejam resolver problemas familiares, melhorar relacionamentos, superar traumas ou perdas significativas, ou alcançar maior sucesso pessoal e profissional.
É importante observar que a Constelação Familiar é considerada uma pseudociência, pois não possui comprovações científicas de sua eficácia e não é aprovada por órgãos reguladores como o Conselho Federal de Psicologia e o Conselho Federal de Medicina. No entanto, é reconhecida e oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A abordagem não substitui tratamentos médicos ou psicoterapia convencional, mas é usada como uma ferramenta complementar.
Embora a Constelação Familiar tenha sido reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como uma prática de Práticas Integrativas e Complementares, é importante ressaltar que a comunidade científica e profissionais da saúde mental frequentemente contestam sua eficácia, considerando-a uma abordagem não científica e potencialmente prejudicial em alguns casos. Portanto, as pessoas que buscam ajuda por meio da Constelação Familiar devem estar cientes de suas limitações e considerar o aconselhamento de profissionais de saúde mental licenciados quando necessário.
No geral, a Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica que se concentra na dinâmica familiar e nas relações interpessoais para ajudar as pessoas a compreender e superar desafios emocionais e psicológicos. Seu funcionamento envolve sessões de dramatização, nas quais participantes representam membros da família do paciente, permitindo uma exploração mais profunda das dinâmicas familiares. Embora tenha atraído interesse, é fundamental considerar cuidadosamente sua eficáacia e o aconselhamento de profissionais de saúde mental quando se busca tratamento para questões psicológicas e emocionais.