A rede social X (antigo Twitter) está no centro de uma nova polêmica no Brasil. Apesar de estar oficialmente bloqueada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), uma atualização recente permitiu que usuários voltassem a acessar a plataforma sem a necessidade de utilizar VPNs, que são ferramentas normalmente usadas para contornar restrições. A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) explicou que a rede social fez uma mudança técnica que trocou o endereço bloqueado e passou a usar os servidores da empresa Cloudflare, o que acabou permitindo o retorno dos acessos.

Essa estratégia tecnológica é vista pelas autoridades, como o STF e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como uma tentativa de burlar a suspensão imposta pela Justiça. A atualização da rede alterou a estrutura dos servidores, usando uma tecnologia que compartilha endereços com outros serviços essenciais, como bancos e grandes plataformas de internet. Por conta disso, um bloqueio total da rede X pode acabar afetando outros serviços importantes, criando um desafio para as operadoras de internet.
Diante dessa situação, a Abrint orientou as operadoras de banda larga a esperarem instruções da Anatel para evitar problemas. Se o bloqueio for mal realizado, milhares de usuários de serviços essenciais poderiam ser prejudicados.
O bloqueio da rede X foi inicialmente determinado em agosto, depois que a empresa, comandada por Elon Musk, se recusou a cumprir ordens judiciais de retirar perfis investigados por divulgar mensagens antidemocráticas. Como resultado, o STF decidiu manter a rede suspensa até que a empresa pague as multas pendentes e nomeie um representante legal no Brasil.
Esse conflito entre as gigantes de tecnologia e as autoridades brasileiras reflete os desafios no cumprimento das leis locais, especialmente em questões que envolvem plataformas globais e direitos digitais.
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