Nesta quinta-feira (24), Palhoça, na Grande Florianópolis, celebra 131 anos de história, reunindo em seu território um mosaico de culturas, belezas naturais e tradições que fazem dela um dos municípios mais interessantes de Santa Catarina. Com origens modestas, Palhoça cresceu e se transformou, mas mantém viva a memória dos primeiros dias, marcada por construções simples e o espírito acolhedor de seus moradores.
De abrigo de tropeiros ao nome do município
O nome “Palhoça” tem origem curiosa: vem das primeiras habitações improvisadas feitas com pau-a-pique e cobertas com palha — conhecidas como “palhoças”. Essas estruturas serviam como abrigo para os tropeiros que passavam pela região, já que, no século 19 e início do século 20, o local era ponto de parada para o comércio entre o litoral e o interior catarinense. O nome pegou e permaneceu.
Berço de diferentes povos
A cidade começou a ser colonizada por portugueses, que se estabeleceram na Enseada de Brito — hoje um bairro histórico, repleto de casas açorianas preservadas e com forte identidade cultural. A imigração açoriana e madeirense foi seguida pela chegada de alemães e italianos, compondo uma rica formação étnica. Também contribuíram para essa diversidade negros, libaneses, gregos, japoneses e povos indígenas, que deixaram marcas na cultura local, na gastronomia e nas festas populares.
Morro do Cambirela: natureza, tragédia e neve
Um dos símbolos mais conhecidos da cidade é o Morro do Cambirela, o ponto mais alto de Palhoça. A trilha que leva ao topo é muito procurada por amantes da natureza e oferece uma vista deslumbrante da região. Mas o morro também guarda uma memória trágica: em 1949, um avião da Força Aérea Brasileira colidiu com uma de suas rochas, matando todos os 28 ocupantes. Já em 2013, o Cambirela ganhou destaque nacional ao ser coberto por neve — um fenômeno raríssimo na região.
Enseada de Brito: história viva
Fundada em 1750, a Enseada de Brito é um dos redutos culturais mais importantes da cidade. Sua Igreja de Nossa Senhora do Rosário, com quase 275 anos, é uma das mais antigas de Santa Catarina e está tombada como patrimônio nacional. A Praça Inácio Dalri, logo à frente, mantém o traçado original do século XVIII, pensado para o comércio local. Esses espaços históricos são protegidos pelo Iphan e mantêm vivas as tradições e costumes do povo palhocense.
Palhoça hoje: economia, política e crescimento
Com mais de 170 mil habitantes, Palhoça se destaca no cenário catarinense por seu desenvolvimento urbano e crescimento populacional. A cidade combina áreas urbanizadas com regiões de natureza preservada, atraindo tanto moradores quanto turistas. Sua economia é diversificada, com comércio forte, setor de serviços em expansão e crescente valorização imobiliária. Políticas públicas voltadas à educação, saúde e mobilidade têm sido foco da gestão municipal, que busca equilibrar crescimento com qualidade de vida.
Palhoça celebra seus 131 anos com muito a contar e ainda mais a construir. Seu povo multicultural, suas paisagens únicas e seu compromisso com o futuro fazem da cidade uma das mais vibrantes da Grande Florianópolis.

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