Para muitas famílias da Grande Florianópolis, receber o diagnóstico de autismo em uma criança traz um misto de emoções. Ao mesmo tempo em que há o alívio por finalmente entender determinados comportamentos, também surgem dúvidas sobre o que fazer a seguir. A boa notícia é que existem terapias com grande eficácia que, quando iniciadas precocemente, podem melhorar significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Atualmente, as abordagens terapêuticas mais recomendadas combinam métodos baseados em evidências científicas, que estimulam as áreas da comunicação, interação social, comportamento e habilidades cognitivas. Conheça as principais:
1. Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
A ABA é uma das terapias mais utilizadas e estudadas no mundo quando o assunto é autismo. Ela trabalha o comportamento da criança por meio de estímulos e reforços positivos, ajudando no desenvolvimento da linguagem, autonomia e habilidades sociais. É especialmente eficaz quando aplicada de forma intensiva e personalizada, com metas específicas para cada criança.
2. Terapia Ocupacional com Integração Sensorial
Crianças com TEA geralmente apresentam dificuldades sensoriais — são mais sensíveis ou menos reativas a sons, toques e movimentos. A terapia ocupacional ajuda a organizar essas percepções e, com isso, melhora a concentração, o equilíbrio emocional e a adaptação ao ambiente escolar e familiar. A integração sensorial é parte essencial desse processo.
3. Fonoaudiologia
A comunicação é um dos maiores desafios para muitas crianças autistas. A terapia fonoaudiológica é fundamental para desenvolver a linguagem verbal e não verbal, melhorar a articulação das palavras, a compreensão de comandos simples e até o uso funcional da fala no dia a dia.
4. Psicologia Infantil (Terapia Cognitivo-Comportamental)
A psicoterapia ajuda a criança a lidar com frustrações, crises de ansiedade e comportamentos repetitivos. A terapia cognitivo-comportamental, adaptada para crianças com TEA, também trabalha o reconhecimento das emoções, melhora a autoestima e contribui para o desenvolvimento da empatia.
5. Musicoterapia e Arteterapia
Terapias complementares como a musicoterapia e a arteterapia também têm mostrado bons resultados. Elas oferecem um espaço de expressão emocional, incentivam a criatividade e fortalecem os vínculos afetivos com a família e os terapeutas.
Atendimento pelo SUS e serviços gratuitos na região
Papais e mamães da Grande Florianópolis podem contar com uma rede de apoio público. O SUS oferece serviços de reabilitação e acompanhamento multidisciplinar por meio dos Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Também existem instituições e ONGs que prestam atendimento gratuito ou com custo social reduzido, incluindo clínicas-escola ligadas a universidades e centros especializados em autismo.
A importância do diagnóstico precoce e da participação familiar
O sucesso das terapias depende muito do diagnóstico precoce, da regularidade das sessões e, principalmente, da participação ativa da família. Quando pais e mães se envolvem, aprendem estratégias e mantêm um ambiente acolhedor em casa, o progresso da criança é muito mais significativo.
Mais do que um tratamento, essas terapias representam caminhos possíveis para que cada criança com autismo possa florescer em seu próprio ritmo — com dignidade, amor e apoio.
Se você é pai, mãe ou responsável por uma criança com TEA na Grande Florianópolis, busque orientação com profissionais especializados e conheça os serviços disponíveis. A jornada pode ser desafiadora, mas é também cheia de conquistas e descobertas.
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