As águas-vivas começaram a aparecer com força no litoral catarinense, especialmente em Florianópolis e Balneário Camboriú, e já provocaram lesões em pelo menos 44 banhistas na última semana. A espécie mais comum vista nas praias é a caravela-portuguesa, conhecida pelo aspecto colorido, com tons de roxo e rosa, e pelo veneno que pode causar lesões dolorosas.

Esse tipo de água-viva, chamado cientificamente de Physalia physalis, vive normalmente em alto-mar, mas chega às praias durante os meses mais quentes do ano. O aumento da temperatura da água e os ventos trazem esses animais para a costa, especialmente nas praias voltadas para o oceano, como algumas da Ilha de Santa Catarina. Já os balneários voltados para o continente têm menos incidência.

Como identificar as áreas com perigo?
Para proteger os banhistas, o Corpo de Bombeiros sinaliza com bandeiras lilás as praias com maior presença de águas-vivas. Também é possível consultar o aplicativo CBMSC Cidadão, que indica a presença desses animais e informa sobre a qualidade da água.

O que fazer em caso de contato?
Os tentáculos das águas-vivas liberam veneno ao entrarem em contato com a pele, causando uma forte sensação de queimadura. Se você for atingido, siga estas orientações:
- Proteja as mãos e remova cuidadosamente os tentáculos sem esfregar a área afetada.
- Lave o local com água do mar, nunca com água doce, para evitar que mais veneno seja liberado.
- Aplique compressas de vinagre por cerca de 10 minutos para aliviar a dor e neutralizar o veneno.
- Procure um guarda-vidas para assistência imediata, pois os postos costumam ter vinagre à disposição.

Outras espécies também causam lesões
Além das caravelas-portuguesas, outra espécie que pode ser encontrada no litoral catarinense é a água-viva-leite, com nome científico Chrysaora lactea. Porém, até agora, poucos registros foram feitos dessa espécie na região.
É seguro frequentar as praias?
A presença de águas-vivas não está diretamente ligada à qualidade da água. Elas podem aparecer tanto em locais com água limpa quanto em áreas mais poluídas. Embora os casos tenham começado antes do verão, especialistas afirmam que isso não significa necessariamente um aumento desses animais nos próximos meses.
Portanto, ao aproveitar as praias de Florianópolis e região, fique atento às bandeiras lilás e aos sinais de alerta dos bombeiros. Com os devidos cuidados, é possível curtir o litoral em segurança.
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