A Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (1ª DECOR/DEIC), iniciou uma operação nesta sexta-feira, 23 de agosto, chamada “Célula Tronco”. A operação visa investigar irregularidades em convênios firmados em 2022 entre uma associação hospitalar da Grande Florianópolis e a Secretaria de Estado da Saúde. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca em diversos municípios, incluindo Joinville, Itapema, Tijucas, São José, Florianópolis e Santo Amaro da Imperatriz, além de buscas na própria associação hospitalar situada em Santo Amaro da Imperatriz.
A investigação revelou que, em 2022, a associação hospitalar recebeu cerca de R$ 8 milhões através de dois convênios para contratar empresas especializadas em reforma, supervisão, eficientização energética e instalação de gases medicinais. No entanto, durante o processo de seleção dessas empresas, foram usadas empresas de fachada para favorecer três empresas específicas, sendo duas delas pertencentes ao mesmo grupo econômico.
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Relatórios da Secretaria de Infraestrutura do Estado destacaram diversas irregularidades nos projetos de reforma. Entre os problemas encontrados, estão sobrepreço nos itens das planilhas orçamentárias, superfaturamento e incompatibilidades entre o projeto básico e o que realmente foi executado. Até mesmo a empresa responsável pela supervisão da obra foi citada por irregularidades.
Além das buscas realizadas, o Poder Judiciário autorizou o sequestro de bens e valores no valor de R$ 4,2 milhões, montante referente ao que foi efetivamente repassado às empresas investigadas. Essa medida visa garantir o possível ressarcimento aos cofres públicos, caso as irregularidades sejam confirmadas. As ações de busca contaram com o apoio de outras delegacias ligadas à Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), reforçando o compromisso das autoridades com o combate à corrupção e à má gestão dos recursos públicos.
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