O Brasil está prestes a enfrentar uma mudança significativa em sua população. Segundo novas projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de 2042, o número de habitantes começará a diminuir. Até 2041, o país deve atingir seu pico populacional, com aproximadamente 220,43 milhões de pessoas. Depois disso, a população deve começar a encolher lentamente, atingindo cerca de 199,23 milhões em 2070.
Essa mudança acontece devido a uma combinação de fatores, mas o principal deles é a queda na taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Atualmente, essa taxa está em 1,57 filho por mulher, muito abaixo do necessário para manter a população estável, que é de 2,1 filhos por mulher. Em 2000, a taxa era de 2,32 filhos por mulher, e desde então, vem caindo continuamente. A previsão é de que essa queda continue até 2041, quando a taxa deve atingir 1,44 filho por mulher, subindo ligeiramente para 1,5 em 2070.
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Além disso, a idade média em que as mulheres têm filhos também está aumentando. Em 2000, a maioria das mulheres tinha filhos por volta dos 25 anos. Hoje, essa idade subiu para quase 28 anos, e a expectativa é de que chegue a 31 anos até 2070. Esse adiamento da maternidade reflete mudanças na sociedade, com muitas mulheres priorizando educação e carreira antes de ter filhos.
Alguns estados brasileiros devem começar a perder população ainda nesta década. Alagoas e Rio Grande do Sul devem começar a encolher em 2027, e o Rio de Janeiro, em 2028. Já estados como Roraima, Santa Catarina e Mato Grosso continuarão a crescer por mais tempo, com Mato Grosso projetado para seguir crescendo até pelo menos 2070.
Essas projeções são baseadas em dados do Censo de 2000, 2010 e 2022, ajustados para incluir informações mais recentes, como registros de nascimento, óbitos e migração após a pandemia. Com essa nova visão, fica claro que o Brasil está entrando em uma nova fase demográfica, onde o crescimento populacional deixará de ser uma realidade. Isso traz desafios e oportunidades, desde a necessidade de repensar políticas públicas até a preparação para uma sociedade com uma estrutura etária diferente.
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