Santa Catarina está se destacando como um exemplo de boas práticas na administração penal no Brasil. O Estado, por meio da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), tem mostrado um forte compromisso com a reintegração social e profissional das pessoas privadas de liberdade. Atualmente, cerca de 32% dos presos em Santa Catarina estão envolvidos em atividades laborais, um índice muito superior à média nacional de 19%.
Dos 7.628 presos que trabalham no Estado, 6.923 recebem remuneração por seus serviços, o que representa aproximadamente 91% da população carcerária trabalhadora. Esse trabalho remunerado não só proporciona benefícios sociais e econômicos, mas também contribui significativamente para a manutenção das unidades prisionais. Parte dos recursos gerados é reinvestida em melhorias na infraestrutura, aquisição de materiais e desenvolvimento de programas de capacitação. Além disso, a remuneração permite que os presos ajudem financeiramente suas famílias, com 25% do salário retornando aos cofres públicos para investimentos no sistema prisional.
O secretário da SAP, Carlos Alves, destacou a importância do trabalho e da educação para os detentos, afirmando que o Estado está comprometido com a ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Segundo ele, o foco principal da polícia penal catarinense é a segurança, mas os índices de trabalho e educação dos detentos são surpreendentes.
O trabalho dentro do sistema penitenciário de Santa Catarina inclui a produção de móveis, confecção de uniformes e montagem de eletrônicos, entre outras atividades, realizadas tanto dentro quanto fora das unidades prisionais. Esse ambiente favorável à ressocialização não só proporciona uma ocupação digna e produtiva para os presos, mas também contribui para a redução da reincidência criminal.
O governo do Estado está continuamente ampliando as parcerias com o setor privado para criar mais oportunidades de trabalho para os detentos. A reintegração social e profissional dos presos é uma prioridade, pois beneficia não só os indivíduos diretamente envolvidos, mas também a sociedade como um todo.
Com esse modelo de gestão, Santa Catarina se destaca no cenário nacional, mostrando que a valorização do trabalho e a dignidade humana são pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e segura.
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