Um estudo recente identificou a Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis, como a mais poluída do Brasil. A pesquisa, realizada pela ONG Sea Shepherd Brasil, fez uma análise ao longo de 16 meses e percorreu mais de 7.000 km de costa, cobrindo 306 praias. O foco foi a concentração de plásticos nas areias, e os resultados chamam atenção.
Na Praia do Pântano do Sul, foram encontrados, em média, 17 resíduos e 144 microplásticos por metro quadrado. Esse número fez com que ela fosse classificada como a praia com a maior densidade de lixo plástico no país. O estudo apontou que 91% dos resíduos nas praias brasileiras são de plástico, sendo 61% deles itens descartáveis, como tampas de garrafas.
Além da Praia do Pântano do Sul, outras três praias de Florianópolis foram analisadas: a Praia do Rizzo, a Praia do Santinho e a Praia do Campeche. Os números variaram bastante, mas nenhuma delas apresentou uma concentração tão alta quanto a do Pântano do Sul.
Apesar da poluição nas areias, o monitoramento da qualidade da água feito pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) aponta que a Praia do Pântano do Sul está própria para banho. Isso acontece porque os critérios para medir a qualidade da água são diferentes dos usados para medir a quantidade de resíduos sólidos na areia.
Enquanto o estudo da Sea Shepherd Brasil focou na quantidade de plásticos na praia, o IMA verifica a quantidade de bactérias Escherichia coli na água, que podem ser indicativas de contaminação por esgoto. Na última análise, a praia apresentou uma baixa concentração dessa bactéria, muito abaixo do limite que a tornaria imprópria para banho.
Assim, mesmo sendo considerada a mais poluída do Brasil em termos de resíduos plásticos, a Praia do Pântano do Sul segue como um local seguro para os banhistas, pelo menos no que se refere à qualidade da água.
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