Após recentes casos de violência e homofobia na praia da Galheta, em Florianópolis, um projeto de lei foi apresentado na Câmara de Vereadores para regulamentar a prática de naturismo e reforçar a segurança no local, que é um dos principais destinos dessa filosofia no Brasil. Na tarde desta terça-feira (17), a proposta foi encaminhada para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O projeto de lei 19.423/2024, elaborado pelos vereadores Carla Ayres e Dinho, prevê a autorização da prática do naturismo social na praia da Galheta. A medida estabelece que o naturismo será opcional e restrito à faixa de areia e ao mar, ficando proibido em trilhas, pedras e áreas de vegetação ao redor. A proposta tem como objetivo principal preservar o ambiente inclusivo e acolhedor da praia, garantindo que visitantes pratiquem o naturismo de forma segura e respeitosa.
Segurança e medidas de proteção
Para coibir abusos, excessos e episódios de violência, o projeto sugere que o Município, em parceria com o governo estadual, implemente ações de segurança e monitoramento. Essas medidas buscam tornar a Galheta um espaço protegido contra quaisquer tipos de agressões físicas ou discriminação.
A iniciativa surge em resposta a episódios recentes de violência e comportamentos inadequados, reforçando a importância de regulamentar o uso da praia de forma a preservar sua tradição naturista e proteger os frequentadores.
A filosofia do naturismo
O naturismo, prática defendida por quem busca o contato com a natureza de forma livre e desinibida, é amplamente reconhecido por promover valores de respeito, igualdade e harmonia com o meio ambiente. A Galheta, que já é referência para naturistas no Brasil, poderá ganhar ainda mais visibilidade e estrutura para receber turistas e moradores que desejam vivenciar essa experiência.
Com a aprovação do projeto, Florianópolis pode se consolidar como exemplo de inclusão e respeito à diversidade, transformando a Galheta em um modelo de convivência segura e sustentável para o naturismo social. A análise do texto pela CCJ será o primeiro passo para o avanço da proposta.
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