O Restaurante Popular de Florianópolis, localizado no centro da cidade, fechou as portas neste sábado (22). A Prefeitura informou que o espaço passará por melhorias e poderá reabrir em até dois meses, mas com novas regras para atendimento. Enquanto isso, trabalhadores e famílias de baixa renda que dependiam das refeições a preços acessíveis ainda não têm uma alternativa disponível.
O local servia cerca de 800 refeições por dia, incluindo café da manhã, almoço e jantar, com preços entre R$ 3 e R$ 6. Quem recebia menos de um salário mínimo pagava apenas metade do valor. Mesmo com capacidade para oferecer até duas mil refeições diárias, o espaço será reformulado para atender apenas famílias e trabalhadores em vulnerabilidade social. A população em situação de rua passará a ser atendida exclusivamente na Passarela da Cidadania.
O fechamento pegou muita gente de surpresa. Trabalhadores autônomos, motoboys e profissionais com renda variável, que encontravam no restaurante uma forma de economizar, agora precisam buscar outras opções. A alta no preço dos alimentos preocupa, já que Florianópolis tem a segunda cesta básica mais cara do Brasil.
Além disso, a decisão da Prefeitura não foi comunicada previamente ao Conselho Estadual de Segurança Alimentar, que monitora políticas de combate à fome. O órgão criticou a mudança, alertando para os impactos negativos na vida de quem depende desse tipo de serviço.
A Prefeitura garantiu que o restaurante ficará fechado pelo menor tempo possível, mas adiantou que, quando reabrir, terá critérios mais rígidos para o atendimento. O objetivo, segundo a Secretaria de Assistência Social, é fortalecer a abordagem de pessoas em situação de rua e direcioná-las a outros serviços.
Enquanto isso, quem utilizava o Restaurante Popular diariamente terá que encontrar novas alternativas para se alimentar sem comprometer o orçamento.
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