O risco de colapso em um reservatório de água levou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a recomendar a interdição de uma das estruturas do Reservatório Irineu Comelli, em São José. Construído pela mesma empresa responsável pelo reservatório que se rompeu no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, em setembro de 2023, o Irineu Comelli passou por uma vistoria que identificou sérios problemas estruturais.
A recomendação foi feita pelas 7ª e 29ª Promotorias de Justiça da Capital, com base em um laudo técnico do Centro de Apoio Operacional Técnico (CAT) do MPSC. O laudo apontou o risco potencial de rompimento devido a fissuras e defeitos de construção, como impermeabilização inadequada, pilares mal posicionados, armaduras expostas e outros problemas.
A vistoria do CAT, realizada em abril, ocorreu após informações sobre rachaduras no reservatório e considerando que ele foi construído pela mesma empresa responsável pelo reservatório que colapsou em Florianópolis. Além disso, a vistoria foi parte de uma força-tarefa criada entre o MPSC e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para investigar a segurança das estruturas.
O relatório do CAT destacou a necessidade de interdição por precaução, até que estudos mais aprofundados confirmem a segurança da estrutura. Baseado nisso, os Promotores de Justiça recomendaram à Companhia de Águas e Saneamento (Casan) a interdição e esvaziamento do reservatório afetado, enquanto uma empresa contratada realiza uma avaliação detalhada.
Além disso, foi recomendada a manutenção da interdição de outro reservatório construído pela mesma empresa no bairro Forquilinhas, em São José, até que se concluam os diagnósticos de segurança. As outras duas estruturas do Reservatório Irineu Comelli, que não foram construídas pela mesma empresa e não apresentam rachaduras, devem continuar operando para garantir o abastecimento da comunidade, especialmente para serviços essenciais como hospitais, centros de saúde e escolas.
A Casan tem um prazo de dois dias para responder se acatará ou não a recomendação. O não atendimento pode levar a medidas judiciais e extrajudiciais futuras.
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O CAT desempenha um papel crucial no suporte técnico ao MPSC, oferecendo estudos e laudos em diversas áreas para garantir a tomada de decisões informadas e a segurança da população.
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