A Superintendência de Desenvolvimento Educacional da SAP comemorou recentemente o progresso significativo na erradicação do analfabetismo no sistema prisional de Santa Catarina. Graças a uma série de ações implementadas nos últimos meses, o índice de analfabetismo alcançou 0,17%, correspondendo a apenas 41 internos em um universo de mais de 24 mil apenados em todo o estado.
Henrique Luciano da Costa, Coordenador Substituto de Educação, Cultura e Esportes da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), elogiou as iniciativas do estado de Santa Catarina no combate ao analfabetismo no sistema penitenciário. Costa ressaltou que a erradicação do analfabetismo é uma prioridade estabelecida pelo Secretário Nacional, Rafael Velasco, e que Santa Catarina se destaca como um exemplo a ser seguido.
Essas ações foram realizadas em conformidade com o Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional, que busca garantir o direito universal à educação. A SAP, em colaboração com a Secretaria de Estado da Educação, lançou uma força-tarefa nas unidades prisionais que necessitavam de intervenções educacionais, visando eliminar o analfabetismo no sistema prisional de Santa Catarina. Após esse período, foi emitido um relatório abrangente, fornecendo uma visão geral dos resultados de todas as unidades e identificando as necessidades específicas de cada uma em termos de desenvolvimento educacional.
De acordo com Josiane Maria Melo da Rosa, Superintendente de Desenvolvimento Educacional do Departamento de Polícia Penal, muitos indivíduos dentro do sistema prisional não possuíam histórico escolar. Para avaliar o nível educacional, foi realizado um mapeamento e reconhecimento dessas pessoas, resultando em uma redução de 95% na classificação de “não informado” e 77% na classificação de “não alfabetizado”, conforme registros do i-PEN.
A próxima etapa para alcançar a erradicação total do analfabetismo no estado será uma campanha de conscientização direcionada aos 41 apenados analfabetos, destacando a importância da educação para o desenvolvimento pessoal, integração e participação nos programas oferecidos pelo sistema penitenciário.
Todas essas ações visam contribuir para a reintegração social de indivíduos privados de liberdade por meio da educação, reconhecendo-a como uma ferramenta fundamental para a ressocialização no sistema prisional de Santa Catarina.