Florianópolis enfrenta um surto de síndrome mão-pé-boca com 145 casos confirmados nas escolas de Educação Infantil da rede pública. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o contágio já se espalhou por 33 unidades, onde as crianças afetadas foram afastadas, sem necessidade de suspensão das aulas.
A síndrome mão-pé-boca é comum em crianças com menos de cinco anos e causa grande desconforto. Os primeiros sintomas incluem febre, aftas e aumento dos gânglios do pescoço. Em seguida, surgem lesões nas mãos, nos pés, na boca e até na garganta, algumas com bolhas que dificultam a alimentação. O pediatra Cecim El Achkar explica que o contágio ocorre antes mesmo do aparecimento dos sinais, o que facilita a disseminação nas escolas. Geralmente, as lesões diminuem entre cinco e sete dias após o início da infecção, mas as bolhas na boca podem durar até um mês.
Para enfrentar o surto, as creches estão reforçando os cuidados com a higiene dos ambientes e dos brinquedos. Os profissionais foram orientados pela Vigilância Epidemiológica sobre como lidar com os casos e evitar novos contágios.
A transmissão do vírus, que tem período de incubação de quatro a seis dias, pode causar ainda sintomas como falta de apetite, mal-estar, dores de cabeça, vômitos e diarreia. Para o tratamento, os pediatras recomendam analgésicos para aliviar a dor e pomadas tópicas na boca, além de uma dieta líquida e fria para diminuir o desconforto ao comer. Evitar o contato com outras crianças é essencial para conter a disseminação da síndrome, que, em geral, não causa reinfecção e raramente afeta adultos.
As escolas e as famílias estão em alerta para monitorar possíveis novos casos e proteger a saúde das crianças, enquanto a cidade segue em ação para conter o avanço do vírus.
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