Uma estudante de 20 anos da UFSC viveu momentos de terror ao ser perseguida e atacada por um homem nas proximidades do campus Trindade, em Florianópolis. O crime aconteceu na terça-feira (18) e resultou na prisão em flagrante do suspeito, que já possuía uma extensa ficha criminal.
Tentativa de ataque e fuga da vítima
A jovem foi abordada pelo agressor em um ponto de ônibus na rua Romualdo de Barros, no bairro Carvoeira, quando saía da universidade. O homem, em situação de rua, já havia assediado e perseguido a estudante outras vezes. Na noite do crime, ele a cercou e tentou atacá-la.
Assustada, a universitária conseguiu correr, entrou em um ônibus e seguiu até seu local de estágio no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Chegando lá, acionou o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), que imediatamente mobilizou uma equipe.
Os agentes se dirigiram ao campus, fizeram buscas e conseguiram localizar o suspeito, que foi preso em flagrante com o apoio de policiais do programa Indira, especializado no combate à violência de gênero.
Histórico criminal do suspeito e prisão preventiva
A prisão do homem ocorreu poucas horas após a tentativa de ataque. Ele foi levado à delegacia e autuado por tentativa de estupro e ameaça. Durante a audiência de custódia, na quarta-feira (19), a Justiça decretou sua prisão preventiva.
O histórico do agressor revela uma série de crimes, incluindo tentativa de estupro, assédio sexual, ameaça, dano, furto, invasão de domicílio, ato obsceno, lesão corporal e perturbação. Mesmo com esses antecedentes, ele circulava livremente pela região da UFSC.
Estudantes organizam protesto por mais segurança
A prisão do suspeito reacendeu o debate sobre a falta de segurança no entorno da universidade. Casos de assédio e furtos vêm aumentando, e um grupo de estudantes, liderado por mulheres, organizou um protesto para cobrar medidas efetivas.
O ato acontecerá na sexta-feira (21), a partir das 13h, em frente ao Restaurante Universitário do campus Trindade. A mobilização seguirá até a reitoria, onde estudantes exigirão mais segurança e investimentos para combater a violência dentro e fora da universidade.
Segundo representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a falta de verbas agrava a insegurança e coloca em risco a vida de quem estuda e trabalha na UFSC. “Precisamos de orçamento, segurança e políticas institucionais que protejam estudantes contra qualquer tipo de violência”, afirmou o grupo.
A mobilização pretende pressionar as autoridades para que medidas concretas sejam tomadas, evitando que novos casos como esse aconteçam.
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